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Artigo: A Origem da Parko: Um Sonho entre Surf, Moda e Empreendedorismo - Parte 1

A Origem da Parko: Um Sonho entre Surf, Moda e Empreendedorismo - Parte 1

Toda marca tem uma história, e a da Parko começa com um movimento – a vontade de fazer diferente, de criar algo que fosse além da roupa. Convidamos Luan Goes, CEO e fundador da Parko, para compartilhar essa trajetória, que surgiu desse impulso inicial e se transformou em identidade e cultura. Uma história de escolhas, desafios e, acima de tudo, propósito.

Luan Goes - CEO e Fundador da PARKO

Voltando algumas casas, onde tudo começou!

por Luan Goes

Desde cedo, sempre me senti inspirado pelas histórias de empresas e empresários. Quando criança, um dos meus programas favoritos aos domingos era: "Pequenas Empresas, Grandes Negócios". Essa inspiração despertou em mim o desejo de compartilhar minha própria história por meio do empreendedorismo, e foi assim que nasceu meu primeiro negócio.

A Importadora de Muambas

O primeiro grande passo na minha trajetória empreendedora veio aos dezoito anos.

Minha mãe e eu havíamos juntado dinheiro para comprar meu primeiro carro. O trato era simples: eu tinha passado na Universidade Federal do Ceará, e um carro facilitaria minha vida acadêmica. Mas eu, já com aquele olhar de quem queria construir algo maior, pensei:

— Ter um carro sem dinheiro para bancá-lo não faz sentido. E se, em vez disso, eu investisse esse dinheiro?

Foi assim que decidi embarcar para a Flórida e voltar como sacoleiro. Junto a um amigo, viajávamos para os Estados Unidos para comprar roupas e acessórios de moda para revender em Fortaleza. Mais do que o retorno financeiro, esse negócio me fez descobrir algo inesperado sobre mim mesmo: eu gostava muito de moda e, mais que isso, percebi que queria ser empresário, construir algo do zero, ver pessoas trabalhando juntas por um propósito e, de alguma forma, deixar minha marca no mundo.

Campanha Andarilho (2018)

O Surf e a Conexão com a Moda

Eu já sabia que queria empreender, já sabia que gostava de moda, mas para criar uma marca com identidade, precisava ir um pouco mais fundo e buscar o que me inspirava.

Nesse meio do caminho, tive a oportunidade de morar na Austrália. Lá, minha perspectiva se ampliou. Tive contato direto com marcas que tinham um lifestyle muito bem definido, que inspiravam pessoas ao redor do mundo e que tinham a cultura do surf na sua essência. E ali pude ver um caminho que unia muito do que eu acreditava.

Se há algo que sempre me fascinou, foi o surf. Mas, veja bem, não falo apenas da prática esporte em si—até porque, nos meus vinte e poucos anos, meu contato com ele era mais platônico do que vivido—mas de todo o universo que ele representa. E foi nesse universo que encontrei o ponto que faltava para a construção desse conceito maior.

Luan Goes CEO & Fundador da Parko

Eu tinha prancha, colecionava revistas, assistia a vídeos e sonhava com as ondas. Mas morar longe da praia e ser criado por minha mãe e minha avó significava que esse sonho ficava, na maior parte do tempo, na estante. Ainda assim, a paixão estava ali, meio engavetada, esperando o momento certo para se materializar.

O sonho estava ali, mas ainda faltava um caminho.

Foto da primeira coleção da Parko (2015)

Aos poucos, tudo foi se materializando e tomando forma. Decidimos os primeiros produtos, a essência da marca, e começamos a sentir que estávamos no caminho certo. Mas ainda faltava um ponto fundamental: o nome!

De “Parcheggio” a Parko: A Saga do Nome

Ah, o nome…

O nome "Parko" não nasceu de uma epifania brilhante, mas de uma sessão de brainstorming regada à necessidade e ao desespero. Eu e meu sócio já tínhamos praticamente o primeiro produto pronto, mas como lançar algo para o mundo sem uma marca? Em um sábado à tarde, sentamos e decretamos:

— Hoje esse nome sai!

Meu sócio, que havia morado na Itália, sugeriu "Parcheggio", que significa "estacionamento". Ele disse que morava ao lado de um na Itália e achou a palavra interessante.

(Achei a ideia péssima).

Mas, em vez de descartá-la completamente, seguimos um raciocínio lógico (ou o mais próximo disso que conseguimos):

"Parcheggio" → "Parque" → "Le Parkour" (o esporte onde equilíbrio é tudo) E, de repente, me veio à mente um surfista da elite mundial da época: Joel Parkinson, conhecido como Parko.

Joel Parkison (2012) | Foto: Joli - Via: Surfer Magazine

Na Austrália, visitei a cidade dele, onde era um verdadeiro herói local, e me lembrei que ele tinha sido um dos primeiros surfistas que vi em vídeos, aqueles mesmos que alimentaram meu sonho e me inspiraram por tanto tempo. Na hora, falei:

— E se fosse Parko?

Embalagem PARKO com a primeira logo da marca

O nome era sonoro, tinha boa aplicação e lembrava várias coisas que falamos naquele sábado à tarde. Meu sócio concordou. Decidimos que seria provisório. E hoje estamos aqui, celebrando dez anos de Parko.

Evento de lançamento da PARKO entre amigos (2015)

Os Primeiros Dias: Entre Costuras e Feiras

Se há algo que não sabíamos, era como fazer uma t-shirt.

Eu, engenheiro de produção mecânica, e meu sócio, engenheiro civil, não fazíamos ideia de como transformar tecido em uma peça de roupa. Enquanto desbravávamos esse universo, tentávamos consolidar o conceito da marca: nome, logo, primeiras estampas.

Primeiras peças desenvolvidas (2015)

Para complicar um pouco mais, ainda estávamos trabalhando em outros lugares e nos últimos semestres da faculdade, equilibrando tudo entre prazos, provas e reuniões improvisadas. Encontrar fornecedores foi outro desafio.

Quem estava disposto a vender tecido em pequena quantidade? Quem aceitaria produzir lotes reduzidos? A resposta, na maioria das vezes, era: "ninguém". Mas, teimosos que somos, encontramos caminhos e colocamos nosso primeiro lote para rodar.

Primeiro editorial da Parko (2015)

Quando finalmente tínhamos os produtos prontos, veio a grande questão: como vender? Queríamos fazer algo diferente, então apostamos em regatas, t-shirts e boardshorts com modelagens pouco convencionais para a época.

Nossa sorte foi que Fortaleza estava vivendo um boom da moda autoral, com feiras que reuniam pessoas ávidas por novidades. E foi ali, no meio desse fervilhar criativo, que a Parko começou a se tornar realidade.

Estande da Parko no Babado Coletivo - Evento de Moda Autoral de Fortaleza (2015)

O começo foi intenso, cheio de desafios, mas também de descobertas. Entre testes, acertos e erros, a Parko foi ganhando forma, criando laços e construindo uma identidade própria. Mas essa é só a primeira parte dessa história.

No próximo capítulo, seguimos contando essa trajetória e os caminhos que nos levaram ainda mais longe, nessa jornada que completará 10 anos. 

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